Artigos - Controle de Ectoparasitas

23 set 2019

Controle de Ectoparasitas

Ectoparasita é o nome dado aos parasitas encontrados sobre a pele do animal e também em suas cavidades. Seus principais exemplos são: as moscas e suas larvas e também os carrapatos.

O principal ectoparasita, ou seja, o que mais preocupa o produtor e que mais causa prejuízo na pecuária é o carrapato-dos-bovinos (Rhipicephalus microplus) que traz cerca de 3,2 bilhões de dólares de prejuízo por ano. Além do prejuízo direto causado por se alimentar de sangue, o carrapato ainda compromete a qualidade do couro comercializado, prejudica o ganho de peso dos animais, pode abrir portas para uma infecção secundária e bicheiras e também transmitir doenças, como a complexa Tristeza Parasitária Bovina, causada pelo protozoário Babesia sp. e pela rickéttsia Anaplasma sp.

Seu ciclo pode ser dividido em duas fases: a fase de vida livre e fase de vida parasitária. A fase de vida livre corresponde a 95% da infestação de carrapatos na propriedade e é neste período que os carrapatos se encontram no ambiente como teleóginas ingurgitadas (“mamonas” ou “jabuticabas”) prontas para ovipor ovos e larvas. Já a fase de vida parasitária corresponde a apenas 5% da população da propriedade e é a fase que o carrapato se encontra parasitando o animal. Este é um período muito importante porque é somente aqui nessa etapa do carrapato que conseguimos agir efetivamente através do tratamento químico.

O segundo ectoparasita em importância pecuária é a mosca-dos-chifres (Haematobia irritans), responsável por prejuízos da ordem de US$ 2,5 bilhões e perdas de mais de 12 kg em novilhas e garrotes. As perdas são decorrentes, principalmente, pelo estresse causado por sua picada, além das perdas em menor escala pelo seu hábito de se alimentar de sangue e diminuindo a produção de leite e carne. A mosca geralmente permanece 24 horas sobre o animal, descendo somente para copular e ovipor nas fezes. Cada mosca pode picar até 40 vezes o bovino, durando até 5 minutos.

Outro ectoparasita é o berne, larva da mosca Dermatobia hominis. Esta mosca possui uma particularidade: ela é uma mosca grande e não possui aparelho bucal, sobrevivendo somente para ovipor. A oviposição é realizada em outras moscas, chamadas de foréticos, que são responsáveis por levar as larvas para os animais. As larvas do berne causam prejuízos pelo estresse e incômodo que causam nestes animais e também pelos danos que o orifício das larvas causam ao couro destes animais. As perdas por este ectoparasita podem chegar a US$ 200 milhões.

Por último e não menos importante, existe o parasita que causa as bicheiras ou miíases, larvas da mosca Cochiomyia hominivorax. Estas moscas ovipõe nas bordas de ferimentos de animais com sangue quente e, dentro de algumas horas, estes ovos eclodem e as larvas começam a se alimentar de tecido vivo.

O controle destes ectoparasitas deve ser realizado utilizando-se estratégias onde se consiga aliar a alta eficácia dos produtos com a praticidade e tecnologia disponível na fazenda.

Para ajudar o produtor a controlar estes ectoparasitas e a aumentar seu lucro na pecuária, a Ourofino possui um grande portfólio de produtos para controle desses problemas.

O Colosso Pulverização é um acaricida de contato com associação de 25% de clorpiriphós, 15% cipermetrina e 1% de citronelal e age muito bem contra carrapatos, moscas, bernes e piolhos, possuindo efeito knock down, limpando os animais rapidamente.

O Colosso FC30 também é um acaricida por contato que limpará o animal rapidamente com o efeito knock down e sua fórmula é 30% clorpiriphós, 15% de cipermetrina e 15% de fenthium. Possui ação contra bernes, carrapatos e moscas, podendo ser utilizado na pulverização ou em banheiro de imersão.

A Família Colosso também possui a apresentação pour on, de formulação 7% de clorpiriphós, 5% de cipermetrina e 0,5% citronelal. Possui um veículo diferenciado e também conta com o efeito knock down. Age contra carrapatos, bernes, moscas, piolhos e sarnas.

Outra solução pour on é o Fluatac Duo, de formulação 3% de fluazuron e 0,5% de abamectina. O fluazuron agirá nas formas jovens dos carrapatos, impedindo que ele produza sua camada de quitina e matando-o por desidratação. Já a abamectina agirá contra as moscas, os bernes e também auxiliará contra os carrapatos.

E o Superhion, de 3% de fluazuron e 1% de fipronil. Após a aplicação, o fluazuron será absorvido e disponibilizado via circulação pelo animal e o fipronil espalhará pelo corpo do animal e será armazenado na glândula sebácea do folículo piloso, ou seja, será liberado lentamente conforme o animal libera o sebo e terá ação por contato. O produto age contra carrapatos, bernes, moscas e também contra as bicheiras.

Lucas Rizzo Marques e Ingo Mello

Departamento Técnico Ourofino

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